Branco (Recessivo)
- Branco Dominante, em ambos com variação para Ino (olho vermelho)
- Albino
- Albino Dominante
BRANCO RECESSIVO
Apresenta uma brancura imaculada em toda sua plumagem. Geneticamente é de caráter recessivo, necessitando portanto de dose dupla para o seu surgimento. Daí a necessidade, na prática, de se acasalar um Portador de branco ou Portadora, com um Branco puro ou pura, produzindo teoricamente 50% de portadores e 50% de puros.
O acasalamento de Puros x Puras produz 100% de filhotes brancos.
O fator recessivo é responsável pela ausência absoluta de carotenóide, a inibição total do depósito de lipocromo configura o branco absoluto.
A característica genética principal da raça é a incapacidade do organismo metabolizar a pró-vitamina A que ingere, daí a necessidade de se fornecer, em sua dieta, a vitamina A pura, já elaborada.
Devido a essa deficiência vitamínica, a pele do recessivo difere da dos demais canários, apresentando uma cor arroseada ou lilás.
Nos filhotes recém-nascidos pode-se notar mais nitidamente esta característica. Eles são bem róseos ao nascerem. À medida que vamos lhes administrando a vitamina A elaborada, a sua pele vai-se transformando em uma cor mais avermelhada.
BRANCO DOMINANTE
Essa espécie não é, na realidade, um canário totalmente branco pois muito embora seu fenótipo assim se apresente, nota-se resquícios de carotenóide, em especial nas bordas das penas periféricas das asas, cauda, encontros e outras regiões do corpo.Nota-se uma incidência maior do lipocromo nos machos. Daí haver um aproveitameno maior das fêmeas para concursos, por apresentarem uma inibição maior do lipocromo na plumagem, característica que muito as valoriza na condição de Branco Dominante.
O carotenóide ou lipocromo varia do amarelo ao vermelho-laranja e marfim, devendo prevalecer, contudo, a tonalidade "amarelo limão".
Importa ressaltar, ainda, que o "branco da plumagem"não é lipocromo.
A hereditariedade do fator Branco Dominante explica-se, em parte, pelo seu próprio nome, sendo ele dominante em relação aos demais fatores, isto é, domina as demais cores de fundo, seja amarelo, laranja , vermelho ou marfim. Daí obtermos do acasalamento de um branco dominante com um canário amarelo normal, teoricamente, 50% de Branco Dominante e 50% de amarelos.
Não existe o Branco Dominante homozigoto, visto ser ele letal, havendo a perda de 25% dos embriões, pelo fator sub-letal no acasalamento de dois brancos dominantes. Constata-se que poucos são os criadores no Brasil que se dedicam a essa variedade de branco, haja vista a disseminação do Branco Recessivo, teoricamente mais fácil de se criar. A peculiaridade da espécie de somente as fêmeas reunirem as melhores condições técnicas para concurso, e dos machos apresentarem indesejáveis incrustrações lipocrômicas, e ainda, dos filhotes amarelos apresentarem muita névoa (dificultando, portanto, o aproveitamento em criações de amarelos intensos) levam os criadores brasileiros a desprezar essa linha, fato certamente lamentável.
Grupo diverso (no qual me acho incluso) prefere criar o Branco Dominante de modo combinado com o Branco Recessivo, ainda que o resultado do cruzamento seja mais demorado e nem sempre se logre a qualidade técnica desejada e necessária.
ALBINO (RECESSIVO) E ALBINOS DOMINANTES
Tem as mesmas características fenotípicas do canário branco e branco dominante, só que possuem olho vermelho (cor de rubi).
Os inos (geneticamente recessivos) foram praticamente extintos de nossos criadouros. Apresentam uma maior dificuldade técnica e genética para criação, por possuírem olhos vermelhos.
Deve ser evitado sua exposição prolongada aos raios solares, principalmente em horários muito quentes, sob o risco de causar cegueira, daí a sua fragilidade.
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