Revista ACCJ 2004-08-05
Arquivo editado em 05/08/2004
Alguns problemas podem ocorrer durante a reprodução dos canários.
Resumidamente, os principais e a conduta a ser adotada pelo criador.
QUEBRA DE OVOS: Ocorre quando um dos progenitores, após ou durante a postura costuma comer os ovos. O criador deve então usar osso de siba à vontade e, se não resolver, cortar com tesoura a ponta do bico do canário viciado.
CANIBALISMO: Ocorre quando um dos progenitores come o bico e pés dos filhotes recém-nascidos. Isto, provavelmente, deve-se a uma deficiência vitamínica adquirida em vida ou de origem hereditária. O criador deve ministrar à água, durante 15 dias, um polivitamínico com ferro. Caso o fato voltar a ocorrer, aconselhamos enxertar os ovos do casal ou eliminar do plantel o pássaro causador da ocorrência. Ainda, neste caso, pode-se tentar a farinha de carne.
FALTA DE ALEITAMENTO: Ocorre quando a fêmea não alimenta os filhotes recém-nascidos. Deve-se afastar o macho para que a fêmea saía do ninho, a fim de alimentar-se, conseqüentemente dar de comer aos filhotes.
REJEIÇÃO AO ANILHAMENTO: Ocorre aos sete dias, quando é colocado as anilhas nos filhotes. A fêmea joga-os fora do ninho. Deve-se então, cobrir as anilhas com esparadrapo cor da pele, ou suja-las com excrementos e, em último caso, enxertar os filhotes.
ARRANCAMENTO DE PENAS: A fêmea arranca as penas dos filhotes, provocando sangramento. O criador deve colocar à disposição, na gaiola, grande quantidade de saco de aninhagem cortado ou colocar a grade de separação da criadeira, deixando os filhotes com o macho.
ANILHANDO OS FILHOTES: Os filhotes devem ser anilhados entre os seis e oito dias, após o nascimento. Ao efetuar a operação, o criador deverá ter o cuidado de estar com as mãos limpas, isentas do cheiro do fumo, uma vez que, ao mais leve odor de cigarro, os canários poderão abandonar os ovos e filhotes.
PERNAS QUEBRADAS: Quando isto ocorre, a primeira medida é colocar uma tala na perna fraturada. A tala pode ser feita de um canhão de pena, que deve ser de um tamanho que se ajuste confortavelmente em torno da perna do pássaro. Corta-se um pequeno pedaço de pena depenada, o comprimento dependendo da perna a ser tratada. Racha-se esta pequena tala de um lado, separando-a em duas partes; coloca-se a perna dentro e junta-se as duas partes outra vez, apertando com um pedaço de esparadrapo no centro da perna, conservando-a assim. O pássaro deve ser colocado numa pequena caixa ou gaiola, sem poleiros. As sementes e água devem ser colocadas no chão da gaiola, onde ele possa comer ou beber sem ser necessário movimentar as pernas para alcançar os alimentos. A gaiola deve ser coberta com uma capa clara, a fim de esconder qualquer atividade que possa ser vista pelo pássaro, o que o faria mover-se, evitando que os ossos se liguem. PERNAS ESCAMADAS: O problema das pernas escamadas surge, ás vezes, em pássaros muito velhos, assim como em alguns filhotes que não foram bem tratados. Sua causa está relacionada, na maioria das vezes, com a presença de parasitas, introduzindo entre as escamas: também por dieta imprópria e poleiros sujos. Procede-se o tratamento lavando as pernas em água morna, deixando-as embeberem-se durante cinco minutos, a fim de amolecer as escamas. Cuidadosamente, seca-se as escamas com uma toalha absorvente, esfregando-as a seguir com uma pequena quantidade de vaselina. O tratamento pode demorar alguns dias até obter-se a cura, porém ela vem. Ao retirar as escamas é preciso ter muito cuidado, pois o tratamento é muito doloroso.
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