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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Programa Controle de Canários


Agradecimento e Comentário
Nos grandes admiradores de canários estamos sempre procurando alguma coisa para melhorar nosso plantel,  e eu pesquisando na internet achei um programa para controle de plantel que é muito bom, digamos de passagem o melhor que existe pois nunca vi outro.
Este programa é inteiramente gratuito, que fique bem claro eu só encontrei o programa navegando na internet, e quero parabenizar estes excelentes profissionais que o criaram
E nos permitem fazer o dawload e usar sem custo nem um, é muito bom consegue se ter um controle de 100% do plantel e fundamental para quem, Cria ou esta iniciando na canariocultura, pois a era do lápis e papel já passou.
MUITO OBRIGADO AO AVIÁRIO FRANCISCO TOMAS POR NOS BENEFICIAR
COM ESTE PROGRAMA MARAVILHOSO E TOTALMENTE GRATUITO   

Endereço para Dawloads
http://www.sico.es/pajaros/miaviario.html

segunda-feira, 18 de julho de 2011

UMA EXPERIÊNCIA NA ALIMENTAÇÃO DE FILHOTES DE CANÁRIOS FRISADOS PARISIENSE


Revista CPCCF Junho/2004
Arquivo Editado em 20/09/2004
Com estas poucas palavras, iremos relatar   uma   experiência   que desenvolvemos em nosso criatório de Canários Frisados Parisienses, na temporada de 2003, entre os meses de Setembro a Dezembro, período que corresponde ao de criação de canários aqui no Brasil.
Um  dos  maiores  problemas encontrados pela maioria dos criadores de canários de porte e em especial nos de Frisados Parisienses de maior porte, é a alimentação dos filhotes na fase que eles necessitam ser alimentados diretamente no bico. Uma vez que estes canários têm fama de não serem bons criadores de filhotes, gerando ao final da temporada, um baixo número de filhotes criados por casal.
Uma alternativa para os criadores é optar pela utilização de amas-secas, para almejarem sucesso em suas criações. Esta prática permite liberar os casais frisados logo após a postura, ficando atarefa de incubar os ovos e alimentar os filhotes para as amas, mas por outro lado, aumenta o custo de criação, pela necessidade de maior número de casais, onde geralmente são utilizados três a quatro casais de amas, para cada casal de frisado.
A utilização de amas resolve em parte o problema da criação de filhotes, pois com o aprimoramento genético cada vez maior dos canários, seu instinto de procriação vem diminuindo significativamente, tornando-se imperativo que os criadores procurem exaustivamente canários que sejam bons alimentadores de filhotes. Os canários conhecidos como comuns, pindorgas, vermelhos, gloster entre outros, têm sido os preferidos para esta tarefa, mas mesmo eles, às vezes necessitam de ajuda dos tratadores nos três primeiros dias de vida dos filhotes, que são alimentados artificialmente diretamente no bico, com a utilização de papinhas.
Temos nestes últimos anos, lançado mão de diversas marcas de papinhas, inclusive às importadas, obtendo resultados diversos, às vezes promissores e em outras nem tão animadores.
Há um grande número de morte de filhotes nos primeiros dias de vida, atribuídos na maioria das vezes, como sendo devido às doenças, mas na realidade estas mortes são originadas por deficiência na alimentação, que leva os filhotes à desidratação,     inanição     com enfraquecimento geral, tornando até mesmo a alimentação artificial impossível, pois eles não têm força para levantar a cabeça e abrir o  bico, tendo como conseqüência final à morte de um elevado número de filhotes.
Em todos estes anos de experiência na criação de canários frisados, sempre procuramos fazer uma comparação entre a forma de alimentação de nossa criação e o comportamento dos pássaros silvestres, quanto à alimentação de seus filhotes. Eles utilizam sementes, frutas e principalmente insetos e minhocas, que tem na composição de seus corpos uma elevada porcentagem de proteína para alimentarem seus proles, obtendo um sucesso espetacular, onde os filhotes silvestres abandonam os ninhos de 13 para 14 dias de vida, enquanto nossos canários levam mais de 20 dias, devido ao seu crescimento lento e de forma desigual.
Os filhotes silvestres apresentam um aspecto morfológico de desenvolvimento, muito melhor que os de nossos canários, que são alimentados com diversos tipos de sementes, verduras, ovos e rações das mais variadas origens e preços, que às vezes são até  exorbitantes, não levando ao desejado da criação.
Sempre pensei em adicionar algo na alimentação dos filhotes, que fosse semelhante aos alimentos silvestres, como insetos que tem alto valor protéico, mas esta prática é muito complicada, haja vista, que haveria necessidade de termos uma criação de insetos paralela a de canários, situação impossível principalmente para os criadores que não são aposentados, tendo que conciliar o trabalho com as atividades de uma criação.
Em 2003, durante o campeonato Brasileiro em Florianópolis, tomamos conhecimento, através de trocas de experiências com outros criadores, quando tivemos a grata surpresa de ouvir falar da utilização de farinha de minhoca, adicionada à alimentação de Periquitos Australianos padrão inglês. Nos foi relatado que os resultados obtidos foram à redução da taxa de mortalidade para próximo de zero e o tempo de aninhamento dos filhotes diminuído em dois a três dias.
Isto nos fez pensar em aplicar o mesmo sistema na criação de frisados parisienses e verificar se haveria diminuição nos índices de mortalidade em nossa experiência, quando comparamos aos dos anos anteriores.
Na experiência de nosso amigo  de Florianópolis, era adicionado à farinha dos periquitos, 30g de farinha de minhoca para cada quilograma de farinha seca, que era umedecida na hora da  distribuição aos pássaros.
A farinha de minhocas tem mais de 60% de proteínas e é produto de origem animal, que geralmente apresenta um grau de digestibilidade para os animais  onívoros e os ancestrais de nossos canários quando da vida silvestre, tinham este tipo de hábito alimentar. Esta farinha vem de encontro ao comportamento das aves silvestre, que alimentam seus filhotes com insetos, que tem a maior parte do corpo formada por proteínas, daí o grande desenvolvimento apresentado por seus  filhotes.
Quando iniciamos nossa temporada de criação em Setembro de 2003, resolvemos introduzir a farinha de minhoca na criação, na proporção de 30g por kg de farinhada, somente para as amas-seca e filhotes. Já
na papinha que era utilizada para a alimentação feita diretamente no bico dos filhotes, utilizamos 50% de farinha de minhoca e 50% da papinha, portanto em partes iguais, onde adicionamos água até formar uma mistura semilíquida, para permitir melhor ingestão pêlos filhotes.
Esta mistura era feita na hora de alimentar os filhotes, desprezando-se as sobras para evitar um possível processo de fermentação, que com certeza, levaria a sérios problemas digestivos aos filhotes.
Nossas primeiras observações, foram feitas quanto aos aspectos gerais dos filhotes, eles apresentavam um crescimento uniforme e maior que o ocorrido nos anos anteriores, ao menor movimento ficam ativos, abrindo o bico pedindo comida, a pele era lisa, esticada e brilhante, pernas grossas sem sinais de desidratação e a mucosa da boca de coloração bem vermelha, mesmo sendo canários que não recebem pigmento vermelho na alimentação.
O número de dias para o anilhamento de nossos frisados foi reduzido de nove a dez dias, para sete a oito, pelo fato dos filhotes apresentarem um maior crescimento e menor grau de desidratação,
ficando com as pernas mais grossas e fortes.
Ao final de nossa estação de criação em Dezembro de 2003, chegamos ao sensacional índice de mortalidade igual a ZERO. Fato que nunca havia ocorrido em todos os anos anteriores de  experiências, que tivemos na criação de canários frisados parisienses.Frente a estes resultados, pensamos em continuar na próxima
temporada de criação de 2004, nossa experiência e porque não tentar aprimorar sua utilização.
Lembramos aos leitores, que nossa experiência foi feita em apenas  um período de criação, havendo  necessidade de obtermos maiores informações sobre o assunto, talvez aprimorar o percentual farinha de minhoca na mistura de farinha e na papinha, mas temos certeza que estamos trilhando por um caminho certo, com boas perspectivas para aprimorar ainda mais a criação de filhotes de canários, almejando índices de mortalidade muito próximo de zero.
Torna-se evidente lembrar que para termos sucesso em nossas criações a alimentação não é fator único, devendo tomar todos os cuidados com a genética, sanidade, manejo e uma grande dose de
dedicação, para se conseguir melhores resultados.
Esperamos que esta nossa simples experiência, seja o caminho para novas observações e aprimoramento deste maravilhoso roby, que é a exuberante e diversificada criação de canários existente em nosso querido Brasil.

terça-feira, 5 de julho de 2011

CISTOS DE PENAS EM CANÁRIOS



  
Revista UCPP 2008
Arquivo Editado Em15 Abril 2010



O presente artigo relata a ocorrência de "Cisto Epidermóide" ("Cisto de penas" ou "Bola"), em canários das raças "Norwich" e "Gloucester", de caráter hereditário ou induzido por traumas, encontrando um fechamento do folículo e a presença de um conteúdo queratináceo. O tratamento mais eficaz é através da remoção cirúrgica, por um especialista capacitado na área (Médico Veterinário), para não haver a possibilidade de hemorragias em vasos sanguíneos ao redor do cisto.
Há também relatos de casos para o tratamento de cistos de penas com o uso de medicamentos na água de beber (bebedouros) e na farinha. Um fator importante é a retirada dessas aves da reprodução.
Introdução
O cisto de penas ou "caroço hereditário" em canários, podem ser hereditários ou induzidos por traumatismos, no desenvolvimento anormal do folículo e da haste da pena se curvando para dentro da epiderme. O cisto epidermóide, também é denominado como cisto de inclusão epidérmico ou cisto infundibular. Os cistos surgem no infundíbulo do folículo piloso e são envoltos por epitélio estratificado escamoso, com uma camada de células granulares, como na porção superior do folículo normal.
Levando a um quadro de foliculite, provocando um processo de dermatite ulcerativa. Devido à má formação da plumagem, o aparecimento de cistos de penas são decorrentes a traumas, má nutrição, processos virais, bacterianos ou infecções parasitários.
Macroscopicamente observa-se uma massa firme, amarela e de formato globular.
Histologicamente caracteriza-se pela presença de lâminas de queratina dispostas em camadas circulares.

Desenvolvimento
Os cistos cutâneos são caracterizados por um espaço epitelial circundado por conteúdo queratináceo, sendo de forma isolada (único), ou de forma múltipla, sendo observados mais nas asas, no dorso ou no peito das aves.
A textura do material dentro do cisto irá variar de acordo com o estado evolutivo. Cisto maduro, possui um material queratinoso seco, sendo um cisto maior, mais duro e menos vascularizado.
Dentre as aves mais suscetíveis a esta anomalia, são os canários das raças "Norwich" e "Gloucester" e seus descendentes. Outras aves como Periquitos Australianos e Araras também são suscetíveis a este tipo de anormalidade, sendo raramente encontradas em Papagaios. Estas raças são geneticamente selecionadas a produzirem uma plumagem extra e acabam sendo predispostas a esta síndrome.
Tratamento:
A remoção cirúrgica dos cistos de penas é realizada com uma incisão individual no cisto, com a remoção completa das penas acometidas ou lancetagem e curetagem dos cistos. Na incisão cirúrgica deve-se ter muito cuidado com os outros folículos ou vasos sangüíneos próximos a região.
No pós-operatório, as asas devem ser imobilizadas para prevenir movimentos, até que ocorra a cicatrização completa. Os folículos próximos devem ser lavados com solução salina morna, várias vezes ao dia.
Neste procedimento podem ocorrer hemorragias devido a incisão erroneamente, por isso, deve ser realizada por profissionais capacitados (Médicos Veterinários Especiali­zados), podendo ser controladas através de ligaduras com fio inabsorvível 6-0 ou através de sutura simples contínua da pele com fio inabsorvível.
O melhor método incisivo é o uso do bisturi eletrônico para cortar e realizar a hemostasia ao mesmo tempo. Bandagens elásticas são utilizadas para o controle de pequenos sangramentos.
Deve-se ressaltar que a possibilidade de recidiva é muito grande.
A cauterização no pós-operatório deve ser feita com iodo povidine, fenol ou nitrato de prata para destruir o folículo e o uso de antinflamatório não-esteróide associado a antibiótico.
Alguns criadores ressaltam certas diluições medicamentosas, como o uso de antinfla­matório não - esteróide, Cloridrato de benzidamina (Benflogen), diretamente no bico ou diluída na água de beber (bebedouro).
No tratamento de alguns cistos pequenos, o uso de extrato de tireóide (pó), na dosagem de 1,5 mg por 2,0 g / peso / diariamente, misturado na alimentação (farinhada), estimulará uma nova muda.
Ressalto que cisto de pena, determinado geneticamente em canários, é causado pela redução das taxas de biotina na circulação e nos tecidos, como exemplo o fígado e pele. A vitamina H ou Biotina é responsável diariamente pelo metabolismo do fígado e da pele.
É indicada como preventivo a vitamina H (Biotina), na proporção de 2% na farinhada durante toda criação das aves com tendência de produzir "cisto de pena" ou "bola" (como é vulgarmente denominada).
Na homeopatia usar 20 gotas de Graphites 6 CH e Arnica Montana 6 CH em 1 litro de água, o cisto abrirá rapidamente para que o criador possa limpá-Io e secá-Io com iodo povidine.
Essas aves não devem ser utilizadas como reprodutores, devido na maioria dos casos encontrados serem de caráter hereditário, evitando-se a transmissão para seus descendentes.

Aos Amigos Seguidores deste blog



Peço desculpas se algumas palavras estiverem faltando acentuação ou frases sem vírgula, pois todos os testos são lidos e retirados de várias revistas e livros e quando convertidas pode dar conflito no programa, não reconhecendo acentuação, mas já que o tempo é curto e sempre se aprende algo lendo sobre tudo que se trata sobre canários vamos la.
Gostaria que os caros colegas postassem comentários sobre qualquer duvida pois tenho milhares de arquivos e também crio canários de cor e porte,  fico lisonjeado de poder ajudar.                                                                                                                     Alex Sandro Machado

PROBLEMAS COM PÉ E PERNAS


Revista AOMAR 2004


 Um dos problemas rotineiros observados em criações de passeriformes é lesão nas patas e nos pés. Como sinais clínicos destas lesões, dependendo do agente causador, podemos observar claudicações, manifestações de dor, coloração avermelhada em articulação, prurido, inchaços das articulações descamações da pele e até sangramento. Para se chegar a um diagnóstico do problema é preciso uma avaliação conjunta dos seguintes fatores: observação atenta da gaiola onde a ave se encontra alojada, a qualidade do alimento fornecido e exame clínico completo da(s) ave(s), analisando além dos órgãos afetados, outros sistemas, para se verificar se o quadro é localizado ou sistêmico.
Diversas são as causas, infecciosas, distúrbio metabólicos, traumáticos, deficiências nutricionais, alterações comportamentais, neoplasias, ação por agentes físicos. Iremos discorrer brevemente sobre os mais comuns, que são: agentes infecciosos (bacterianos, fúngicos, virais ou parasitários), traumatismos, deficiências nutricionais, distúrbios metabólicos.
1)Origem traumática – Pode ocorrer por traumas nos poleiros, com fissuras na pele do coxim plantar seguida de infecção bacteriana secundária. A presença de ave agressiva dentro de uma gaiola junto com outra ave, ocasionando traumatismo desta última. Automutilação por stress. Colocação de anilhas fora do padrão com constrição da perna e conseqüente necrose tecidual chegando à perda do pé. Fraturas também podem ocorrer.
2)Origem metabólica – A gota articular geralmente acomete as articulações dos coxins plantares (dedos) e tíbiotarso-metatarseana. Provocada pela deposição de ácido úrico nestes pontos. Comuns em dietas ricas em proteínas.
3)Origem infecciosa – Quadros de pododermatites
A ) Bactérias – agente como Staphylococcus aureus, agente mais freqüente, Pseudomonas aeruginosa, Mycobacterium tuberculosis, geralmente associados a processos primários. Diagnosticados com base em cultura, biópsia e citologia.
B ) Fungos – Aspergillus, Dermatophyto. Podem atuar como agentes primários ou serem secundários a processos imunodepressivos. Podem estar associados à infecção bacteriana.
C ) Virais – Provirus (Bouba aviária), Herpes virus, Papilomatode. Diagnóstico mais difícil pela natureza do agente e o tipo de material a ser coletado.
D ) Agentes parasitários – Knemidocoptes sp. Geralmente provocam quadros de prurido intenso nos pássaros e descamação de tecido.
4)Deficiências nutricionais – deficiências de zinco, manganês, vitamina A, ácido fólico, biotina que podem ser cause de lesões na pele. Alimentação desbalanceada em termos de cálcio e fósforo, que podem dar causa à fraturas.
 

Ágata Topázio